quarta-feira, 24 de outubro de 2012

ARTIGO: Atendimento Educacional Especializado, uma conquista histórica.




ARTIGO: Atendimento Educacional Especializado, uma conquista histórica.




Isa dos Santos de Amorim Oliveira
Marileide do Carmo Amorim Arruda
Marizeth de Amorim Campos
Valdirene Gonçalina de Amorim Campos


 

RESUMO

Este artigo tem como principal objetivo tratar das conquistas históricas das pessoas com Necessidades Especiais, destacando assim, como foram vistas desde Idade Média até os dias de hoje. Preocupando em destacar a evolução da inclusão como resultado de um movimento que compreende a educação como um direito humano fundamental e base para a sociedade mais justa e solidária. Relata também sobre a importância da Sala de Recursos nas escolas.   


Palavras - chave: Educação Especial, Educação Inclusiva, Sala de Recursos. 


 Abstract:
       This article has as main objective to treat the historical achievements of people with special needs, especially so, as have been seen since the Middle Ages to today. Worrying to highlight the evolution of inclusion as a result of a movement that encompasses education as a fundamental human right and a basis for more just and caring society. . It is also important to put in question as it is and what it is for the living resources in the Multifunctional public education, to the creation of specialized educational services. For that to happen enough responses, we have to pull different wires and cross them together, searching for answers and clarification to enable them understand.
Key – words: Special Education, Inclusive Education, Resource Room.






Introdução

      Para entendermos as mudanças que estamos vivendo hoje no âmbito da educação e na sociedade com pessoas denominadas “especiais”, é necessário fazer um rastreamento histórico da Educação Especial, procurando resgatar os diferentes momentos vivenciados, objetivando compreender que acontecimentos ou fatos influenciaram na prática do cotidiano escolar, marcando as conquistas alcançadas pelos indivíduos que apresentam necessidades educacionais especiais. Fazendo uma breve descrição dos paradigmas que os sustentaram, e como foram se modificando, afastando-o da vivencia educacional, e como nos dias atuais está à luta para ressignificar os valores morais e étnicos, na inclusão social. Estruturando novos paradigmas a partir de uma concepção de mundo mais justa e solidária.

A sociedade é vista, hoje, como um todo indivisível e dinâmico, que não é composto por partes, mas que, para se constituir, contém em si todos os seres humanos, cada um com suas diferenças e individualidades, considerando as condições que eles têm para ser e existir, interconectados e inter-relacionados em uma grande teia. (UBRA; Educação inclusiva - pp.21)   
Muito se fala de educação especial, em uma escola adaptada, ampla, e com sala de recurso e um melhor atendimento aos alunos denominadas inclusos na esfera da educação. Oferecendo assim um atendimento especializado para os alunos com deficiência, com altas habilidades e com transtornos gerais de desenvolvimento, para receber e dar atenção específica aos alunos com deficiência física ou mental.
Para compreendermos a caminhada brasileira rumo a uma educação para todos e que esteja de acordo com os princípios do paradigma da inclusão, focaremos nesse momento, a evolução das leis referentes à educação das pessoas com necessidades especiais, ou seja, com deficiências.
Conforme Ferreira diz que: a educação especial brasileira concentrou-se, até os anos 1960, em iniciativas mais localizadas e, no âmbito escolar, bastante restrita às instituições especializadas, públicas ou, principalmente, privadas. As classes especiais já existiam em algumas redes públicas, mas não de forma expressiva.
A escola é um espaço no qual acontecem às vivências que resultam em aprendizados necessários à capacitação, evolução e convivência. O pedagogo è o profissional que vai orientar esse processo buscando alternativas para que ele seja um sucesso. Ao formarem as coordenações pedagógicas, esses profissionais serão co-responsáveis pelo processo de ensino-aprenizagem. A escola inclusiva depende do trabalho desses profissionais para orientar e capacitar professores, servindo de elo entre escola, família, profissionais especializados e órgãos estatais de educação. A psicopedagogia clínica e institucional tem como propósito proporciona entre a aprendizagem e o conhecimento.
Não podemos esquecer de que todas as crianças apresentam potencialidades e possuem capacidade de se desenvolver. É fundamental que o profissional que atua com pessoas com necessidades especiais valorize as conquistas dessas crianças e não pontue o que elas não conseguem realizar.
Portanto, é importante fazer um convite para todos ditos “normais” e não “normais”, para conhecer a história da educação especial no Brasil. Tratando-se de um assunto importante, uma vez que a inclusão escolar tem sido tema de diversos estudos em nosso país. Para entender o processo de inclusão e suas deficiências faz-se necessário conhecer a história e toda a trajetória percorrida pela educação especial, desde a criação dos primeiros institutos até os dias de hoje, com a inclusão de portadores de necessidades especiais no ensino regular. O estudo deste tema poderá contribuir para o trabalho de professores, psicólogos, pedagogos e profissionais que atuam na área da educação e com portadores de necessidades especiais, além de apontar indícios para maiores pesquisas sobre o assunto.



A História da Educação Especial

Imagem de criança especial.

Abordar o referido tema é um privilégio, pois é uma conquista de todos aqueles que por alguma “deficiência” se sentiam excluído pela sociedade e da educação. Sendo que era uma realidade que muitos escondiam. Demonstrando medo, preconceito e desinformação sobre o assunto, e isso só sacrificou as pessoas denominadas deficientes, fazendo com que e a sociedade as considerasse um peso.
Inicialmente é evidenciada uma primeira concepção das pessoas “Especiais”, marcada pela negligência, na era pré-cristã, em que havia uma ausência total de atendimento. Os deficientes eram abandonados, perseguidos e eliminados devido às suas condições atípicas, e a sociedade legitimava essas ações como sendo normais. Na era cristã, segundo Pessotti (1984), o tratamento variava segundo as concepções de caridade ou castigo predominantes na comunidade em que o deficiente estava inserido. Na Roma Antiga, por exemplo, havia uma lei das 12 tábuas, que dava plenos poderes à família para matar crianças que tinham algum tipo de deficiência. Era, portanto, uma cultura milenar, um preconceito enraizado na nossa sociedade.
Segundo a cronologia histórica dada por Cecci:   
Pode-se dizer que a difusão do cristianismo, aquele com deficiência não tinham alma era pessoa [...] Até a Renascença, aqueles com deficiência eram expostos (abandonados à inanição. Para Aristóteles, até mesmo os filhos excedentes podiam ser expostos em nome do equilíbrio demográfico [...]
Ao longo da Idade Média é que se tornarão pessoas e passarão a se conhecidos como filhos de Deus (tanto uma visão caritativa quanto postergadora - deixar às mãos de Deus ou entregar a Deus) e entregues às igrejas e conventos – explorados ou cuidados como expiação redentora       
Durante a Idade Média, as pessoas que eram ditos não “normais” eram vistas como possuidores pelo demônio e outros espíritos maléficos e submetiam-se as práticas de exorcismo.
Nos séculos XVI e XVII os deficientes mentais eram internados em orfanatos, e esquecidos pelos parentes. Para mudar essa situação surgiram as primeiras experiências , nos anos de (1500-1584), que em meados dos séculos XVI, levou a cabo no Mosteiro de Onã a Educação Especial , que teve êxito reconhecido como iniciador do ensino para surdos e criador do método .
Pode-se situar os primórdios da Educação Especial pelos finais do século XVIII. Esta época é caracterizada pela ignorância e rejeição do indivíduo deficiente.
No final do século XVIII e inicio do século XIX inicia-se o período que aconteceu várias institucionalizações em que os indivíduos que apresentavam deficiência eram segregados e protegidos em instituições residenciais. O terceiro estágio é marcado, já no final do século XIX e meados do século XX, pelo desenvolvimento de escolas e/ou classes especiais em escolas públicas, visando oferecer à pessoa deficiente uma educação à parte. No quarto estágio, no final do século XX, por volta da década de 70, observa-se um movimento de integração social dos indivíduos que apresentavam deficiência, cujo objetivo era integrá-los em ambientes escolares, o mais próximo possível daqueles oferecidos à pessoa normal. Incluindo as pessoas especiais como um ser que se educa e aprende, e é a partir de então que podemos considerar o surgimento da Educação Especial, tímida, mas com um começo.
As pessoas com deficiência, hoje nomeados de pessoas com necessidades especiais e, no âmbito da educação, de pessoas com necessidades educacionais especiais, passaram a fazer parte dos discursos dos profissionais do ensino regular e da sociedade somente a parte da segunda metade do século XX. 
Com o desenvolvimento da pedagogia, tendo como base os trabalhos realizados por renomados médicos humanistas como, por exemplo, Jean Itard e Eduard Seguin, no século XX se configuram uma nova visão para a educação das pessoas com deficiências, pois são organizadas as escolas especiais. Para Beyer, é errado pensarmos que essas instituições eram “segregadoras”, já que se constituíram como o primeiro espaço de direito à educação das pessoas co deficiência.
Podemos observar movimentos distintos, nas duas metades do século XX, referentes à educação especial. Nas primeiras décadas ainda predominava o conceito de deficiência baseado em causas orgânicas, de herança genética, considerada sem possibilidades de alteração e com poucas chances de aprendizagem, apesar das intervenções no campo da educação. Para estudá-las e compreendem-nas, as deficiências passaram a ser organizadas em diferentes categorias de acordo com suas características e sintomas. Dessa forma, era possível agrupar as pessoas e estruturar o planejamento pedagógico de acordo com essas categorias.
Marchesi coloca que essa visão organicista trouxe duas conseqüências significativas para área da educação especial: a necessidade de um diagnóstico sobre a deficiência e a estruturação das escolas especiais como espaço adequado para a escolarização de alunos com algum prejuízo ou deficiência.
Consideramos o que havia sido colocado até então, vemos que a educação especial, através da história das pessoas com necessidades especiais e da sua própria história, constituiu-se sob uma nova perspectiva mais humanista, que passou a considerar esses sujeitos não mais como incapazes ou representativos da degenerescência da raça humana, mas sim como pessoas com condições de se relacionarem, se desenvolverem, aprenderem e produzirem (UBRA - Educação Inclusiva; pp.82,83; 2009)
Graças à pressão de pessoas com deficiência, a ONU, em 1981, criou o Ano Internacional que seria para as pessoas com deficiência. Mas houve uma reação dizendo que não queremos um ano para, mas queremos um ano das pessoas com deficiência. O próprio com necessidade especial foi à luta falando de cidadania em sua batalha pela inclusão.
Reconhecemos que trabalhar com classes heterogêneas que acolhem todas as diferenças traz inúmeros benefícios ao desenvolvimento das crianças deficientes e também as não deficientes, na medida em que estas têm a oportunidade de vivenciar a importância do valor da troca e da cooperação nas interações humanas. Portanto, para que as diferenças sejam respeitadas e se aprenda a viver na diversidade, é necessária uma nova concepção de escola, de aluno, de ensinar e de aprender.       



           
Educação para Todos


 Em nosso país, com a promulgação da Constituição da República Federativa do Brasil, em outubro de 1988, o direito à educação ficou assegurado no capítulo III, da Educação, da Cultura e do Desporto, Seção I, art. 205, que assim prescreve:
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho   
Da mesma forma, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, no Capítulo IV, no qual dispõe sobre o Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer, reafirma o que já estava assegurado anteriormente:
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito á educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-lhes:
I – igualdade de condições para o acesso a permanência na escola;
II - direito de ser respeitado por seus educadores;
III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores;
IV – direito de organização e participação em entidades estudantis;
V – acesso à escola pública e gratuita próximo de sua residência.
Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educativas.
Afirmando que a Constituição coloca no art. 3º, inciso I, direito à “igualdade de condições para acesso e permanência na escola”.
Percebemos que as leis citadas anteriormente asseguram para todas as crianças, indistintamente, o direito à educação no ensino regular. Qualquer criança, independente de sua cor, raça, religião, situação social e econômica, sexo e tendência sexual, história e contexto de vida, deverá ser matriculada no1º ano do ensino fundamental quando completar seis anos de idade.    
Assegurar a todos a igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola, sem qualquer tipo de discriminação, é um princípio que está em nossa Constituição desde 1988, mas que ainda não se tornou realidade para milhares de crianças e jovens: meninas e adolescentes que apresentam necessidades educacionais especiais, vinculadas ou não a deficiências.
Em 2003, o Brasil começa a construir um novo tempo para transformar essa realidade.
O Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Especial, assume o compromisso de apoiar os estados e municípios na sua tarefa de fazer com que as escolas brasileiras se tornem inclusivas, democráticas e de qualidade.
Este compromisso se concretiza com a implementação do Programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade. Temos por objetivo compartilhar novos conceitos, informações e metodologias- no âmbito da gestão e também da relação pedagógica em todos os estados brasileiros. Nenhum país alcança pleno desenvolvimento, se não garantir, a todos os cidadãos, em todas as etapas de sua existência, as condições para uma vida digna, de qualidade física, psicológica, social e econômica.
A educação têm, nesse cenário, papel fundamental, sendo a escola o espaço no qual se deve favorecer, a todos os cidadãos, o acesso ao conhecimento e o desenvolvimento de competências, ou seja, a possibilidade de apreensão do conhecimento historicamente produzido pela humanidade e de sua utilização no exercício efetivo da cidadania.
Escola inclusiva é aquela que garante a qualidade de ensino educacional a cada um de seus alunos, reconhecendo e respeitando a diversidade e respondendo a cada um de acordo com suas potencialidades e necessidades.
Assim, uma escola somente poderá ser considerada inclusiva quando estiver organizado para favorecer a cada aluno, independentemente de etnia, sexo,
Idade, deficiência, condição social ou qualquer outra situação. Um ensino significativo é aquele que garante o acesso ao conjunto sistematizado de conhecimentos como recursos a serem mobilizados.
A escola inclusiva é aquela que conhece cada aluno, respeita suas potencialidades e necessidades, e a elas responde, com qualidade pedagógica.
Para que uma escola se torne inclusiva há que se contar com a participação consciente e responsável de todos os atores que permeiam o cenário educacional: gestores, professores, familiares e membros da comunidade na qual cada aluno vive.
Constata-se, portanto, que a construção de uma escola inclusiva implica em transformações no contexto educacional: transformações de idéias, de atitudes, e da prática das relações sociais, tanto no âmbito político, no administrativo, como no didático-pedagógico.
O processo de mudança tem um ponto decisivo por onde iniciar: a construção do projeto político-pedagógico da escola.
As questões teóricas do processo de inclusão têm sido amplamente discutidas por estudiosos e pesquisadores da área de Educação Especial, no entanto pouco se tem feito no sentido de sua aplicação prática. O como incluir tem se constituído a maior preocupação de pais, professores e estudiosos, considerando que a inclusão só se efetivará se ocorrerem transformações estruturais no sistema educacional.
As experiências sobre as escolas inclusivas destacaram alguns fatores que tem maior incidência na mudança das escolas. Os principais são os seguintes: a transformação do currículo, o desenvolvimento profissional dos professores, uma liderança efetiva, a modificação da cultura, da organização da escola, um compromisso com a mudança, o contexto da sala de aula.
Embora cada um desses fatores tenha existência própria, deve se destacar a estreita relação que existe entre todos e, por isso, a presença de alguns deles favorece a incorporação dos outros.

Sala de Recursos Multifuncionais

O projeto do MEC de implantação de salas de recursos tem como objetivo dar suporte ao sistema de ensino que, na sua prática educativa ofertem atendimento educacional especializado complementar ou suplementa o processo de escolarização. Assim, prever o atendimento prestado por professores especializados, em um espaço físico e adequado, mas segregado, com recursos e materiais didáticos específicos, em horários programados de acordo com as necessidades dos alunos no contra-turno, na própria escola ou em outra que ofereça recurso, buscando soluções para o desafio da presença de diferentes necessidades educacionais nas classes comuns, (UBRA; Educação Inclusiva; 2009)
A sala de Atendimento Educacional Especializado (AEE) é um serviço da Educação Especial que identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando as suas necessidades específicas. Oferecendo atendimento especial para alunos com: deficiência física, deficiência mental, surdez, cegueira, baixa visão, surdo cegueira, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades.
Nas escolas que ofereçam salas de recursos oferece para os alunos da Educação Especial:
·         O Atendimento Educacional Especializado (AEE);
·         Identifica as necessidades de alunos com deficiência, com altas habilidades e com transtornos gerais do desenvolvimento.
·         Elabora plano de atuação de AEE propondo serviços de acessibilidades ao conhecimento;
·         Produz material , transcreve, adapta, confecciona, amplia, grava, de acordo com as necessidades, se doa ao aluno;
·         Adquire e identifica materiais como software, recursos e equipamentos tecnológicos, mobiliário, recursos ópticos, dicionários e outros;
·         Acompanha os materiais na sala de aula do ensino regular freqüentada pelo aluno, verifica a funcionalidade e a aplicabilidade, os efeitos, possibilidades, limites, distorções do uso na sala da aula, na escola e na casa do aluno.
·         Orienta professores do ensino regular e famílias dos alunos a utilizar materiais e recursos;
·         Promove formação continuada para os professores do AEE, para os professores do ensino comum e para a comunidade escolar em gera.
                   
Dentre os profissionais que trabalham ou atuam na  Educação Especial estão: Professor Especializado da Sala de Recurso Multifuncional, Professor de Libras, Professor de Língua Portugues com segunda língua de alunos com surdez,Professor especializado do Centro de Apoio P edagógico para Atendimento a Deficiencia Visual(CAP), Revisor Braille, Educador físico, Psicólogo, Fisioterapeuta, Fonoaudiólogo e Terapeuta ocupacional. O atendimento dos alunos com Necessidades Especiais é realizado no período inverso ao de classe comum frequentada pelo aluno, para que aconteça um maior benefício do aluno, esse serviço deve ser oferecido preferencialmente na própria escola que esse aluno frequenta.
Temos que tomar conhecimento que a sala de recursos tem que ser bem ampla , com materiais necessários, não podendo ter nada colorido,ou seja, nada que chame atenção dos alunos, podendo correr o risco de ter menos concentração.
É importante deixar claro que o AEE, tem atividades diferenciadas da sala comum, não é um reforço escolar, o educador da sala de aula não faz parte do quadro da Educação especial, mas do ensino comum.
Sendo assim, é necessário antes de tudo, tornar real os requisitos para que a escola seja verdadeiramente inclusiva e não excludente.



Conclusão

Concluimos enfatizando que não há um único caminho a seguir e que são muitos os desafios a serem enfrentados na perspectiva da educação para todos e da educação inclusiva.
A deficiência não faz ninguém menos. Ela só é um limite com o qual nós temos que conviver.Pois as pessoas com deficiência tem os mesmos desejos, vontades de ter amigos, fazer programas, mas o preconceito faz com que os sem deficiência se afastem delas. Não afaste , pois elas tem muito a oferecer, elas são, em primeiro lugar, pessoas. 
A escola que pretende ser inclusiva deve se planejar para gradativamente Implementar as adequações necessárias, para garantir o acesso de alunos com necessidades educacionais especiais à aprendizagem e ao conhecimento.
Dentro de tal conceituação, inclui-se em Educação Especial desde o ensino de pessoas com deficiências sensoriais, passando pelo ensino de jovens e adultos, até mesmo ensino de competências profissionais.
      Com base da fundamentação teórica, está muito claro sobre o que é Atendimento Educacional Especializado - AEE, para assumir, é necessário    qualificação dos profissionais, pois é um desafio, que trás muitas  expectativas, mais à medida que vamos envolvendo é prazeroso e apaixonante.



 
Referências Bibliográicas


ABNT. NBR 6022: informação e documentação: artigo em
Publicação periódica científica impressa: apresentação. Rio de
Janeiro, 2003. 5 p.

ABNT. NBR6023: informação e documentação: elaboração:
Referências. Rio de Janeiro, 2002. 24 p.

 Clough, P. (2000) Theories of Inclusive Education: A Student’s Guide. London, Sage/Paul Chapman Publishing

Desenvolvimento psicológico e educação/ organizada por César Coll, Álvaro Marchesi e Jesus Palácios; trad.. Fátima Murad-2 ed.- Porto Alegre : Artmed,2004

Educação Inclusiva, Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) - Curitiba: Equipes, 2009


MEC; Política Nacional de Educação Especial; na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008)

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Você sabe a origem do Dia do Professor? Conheça a história por trás do 15 de outubro.


















Parte inferior do formulárioVocê sabe a origem do Dia do Professor? Conheça a história por trás do 15 de outubro.
Dia 15 de outubro comemora-se o Dia do Professor, em todo o Brasil. Mas você sabe qual o motivo da comemoração nesta data específica? A resposta vem do Brasil Imperial. No dia 15 de outubro de 1827 (dia consagrado à educadora Santa Teresa de Ávila), Pedro I, Imperador do Brasil baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, "todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras". Esse decreto falava basicamente da descentralização do ensino, do salário dos professores, das matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até sobre como os professores deveriam ser contratados.   A primeira contribuição da Lei de 15 de outubro de 1827 foi a de determinar, no seu artigo 1º, que as Escolas de Primeiras Letras (hoje, ensino fundamental) deveriam ensinar, para os meninos, a leitura, a escrita, as quatro operações de cálculo e as noções mais gerais de geometria prática. Às meninas, sem qualquer embasamento pedagógico, estavam excluídas as noções de geometria. Aprenderiam, sim, as prendas (costurar, bordar, cozinhar etc) para a economia doméstica. Cento e vinte anos depois do decreto, em 1947, um professor paulista teve a ideia de transformar a data em feriado e iniciou a tradição de homenagear os professores no dia 15 de outubro, em referência ao decreto de D. Pedro I. A ideia surgiu porque o período letivo do segundo semestre escolar era muito longo, ia de 1 de junho a 15 de dezembro, com apenas dez dias de férias em todo o período. Cansados, literalmente, um pequeno grupo de quatro educadores, liderados por Samuel Becker, teve a ideia de organizar um dia de folga, para amenizar a estafa. O dia também serviria como uma data para se analisar os rumos do restante do ano letivo. Foi então que o professor Becker sugeriu que esse encontro acontecesse no dia 15 de outubro. A sugestão foi aceita e a comemoração teve presença maciça de professores e alunos, que levavam doces de casa, para uma pequena confraternização. O discurso do professor Becker, além de ratificar a idéia de se manter na data um encontro anual, ficou famoso pela frase "Professor é profissão. Educador é missão". A celebração, que se mostrou um sucesso, espalhou-se pela cidade e pelo país nos anos seguintes, até ser oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963. O Decreto definia a essência e razão do feriado: "Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias".
Parabéns aos profissionais que tem como profissão PROFESSOR, e além dos parabéns nossos  agradecimentos á você que é PROFESSOR e EDUCADOR, que honra e exerce  sua profissão  com MISSÃO de ensinar não só as letras e números mas também a paz, a solidariedade, a honestidade, a cidadania, a amor  e muitos outros valores importantes para formação do ser humano. 
Contribuiu : MARILEIDE AMORIM
Professora/Educadora das redes Municipal e Estadual de Ensino.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012





SAUDADES ETERNAS!!!!! DA QUERIDA PROFESSORA IVONE


Equipe gestora da Escola Dom Francisco!! 

Diretora:  Cibele
Coordenadores: Julice e Jocimar

NOTA 10...A  UNIÃO FAZ A FORÇA
Meus queridos alunos do 3ºrão!!!!
Estou com muitas saudades de vcs, em dezembro mataremos as saudades....Abraços apertados da professora Marileide.......AMOOOOO  VCSSSSSS

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

ARTIGO: O LÚDICO E A INFÂNCIA






O LÚDICO E A INFÂNCIA







JULIANA MARIA DE ARRUDA E SILVA

MARILEIDE DO CARMO AMORIM ARRUDA

VALDIRENE GONÇALINA DE AMORIM CAMPOS















RESUMO





Somos profissionais da educação, atuamos nas séries iniciais do ensino fundamental, na educação infantil e na creche. Preocupamos-nos com o ensino das nossas crianças, pois toda criança tem o direito de nascer, de brincar, de educar e de uma boa saúde. Também temos a preocupação de como trabalhar com o lúdico nas creches e na educação infantil, e quais são as metodologias que poderão ser utilizadas.Acreditamos que com este artigo estaremos contribuindo para esse trabalho em sala de aula, onde cada profissional poderá refletir e transformar a teoria em prática na sala de aula. A intenção é criar um diálogo com todos os profissionais da educação e até mesmo com os pais que preocupam com o educar das nossas crianças.





Palavras - chave: Criança, Lúdico, Brincar





1 INTRODUÇÃO



Neste artigo pretendemos explorar o lúdico de zero á 5 anos de idade. Sabemos que desde os primeiros anos de vida, durante a infância e na adolescência as brincadeiras fazem parte da vida de todos. È através delas que o bebê descobre novas formas, cores e tamanhos. São elas que desencadeiam uma série de reações que o divertem e lhe dão imenso prazer. O brincar também está relacionado ao aprendizado. Ao manipular pequenos objetos, treina a coordenação motora, o raciocínio e ainda dá asas a imaginação.

O lúdico tem hoje tantas formas e possibilidades do ensinar que está se tornando um campo de pesquisas na área da Educação. Além disso, as crianças que brincam bastante serão adultos mais justados e preparados para a vida. Brincando, elas descobrem como enfrentar situações de medo, dor, angústia, alegria e ansiedade. Dentre os inúmeros desafios da creche até a educação infantil, está o como fazer, o como ensinar brincando, através de jogos, desenhos, músicas, danças, etc. Então para entendermos tais desafios do “brincar” será apresentado um breve relato histórico da educação em relação ao lúdico na questão familiar e escolar, sendo que as duas partes transformam-se em uma só sociedade, desde a época antiga até nos dias atuais.

Pois o “brincar” sempre esteve em nossa cultura, através de formas simples ou com tecnologias. Com tantas evoluções de brincadeiras não devemos deixar as brincadeiras da nossa cultura,da nossa raiz acabar e sim aos poucos,incluir nas salas de aulas ou até em nossa casa ,nunca deixar o novo substituir o velho ,e sim integrá-los . Isso é o saber ensinar com tais tecnologias ou não, de maneira integrada ou global.

O saber ensinar brincando é saber realizar atividades diversificadas e saber o momento para realizá-las obedecendo ao planejamento diário “multidisciplinar”, com linguagens e comunicação; sociedade, vida e natureza; e arte.

Não se ensina nem se educa só com conteúdos dirigidos nos livros e quadro negro, ou seja, pronto e acabado, e sim com divertimentos através de brincadeiras, podendo ser de bonecas, esconde-esconde, o pega- pega, a roda entre tantas que estão ainda presente na cultura de todos nós e que estejam em nossas crianças. Não podemos deixar morrer essa coisa linda e lúdico que passa de pai para filhos, e sim valorizar tais brincadeiras do passado para que possibilite que o“ novo” seja visto com um olhar de junção e contribuição na educação, tanto na vida escolar quanto familiar .

O brincar, esta em todas as esferas da nossa vida, em cada cultura em cada povo. Não existe barreiras para que as crianças se divirtam ou aprendam a brincar independente da diversidade cultural, onde vive e como vive. Toda criança tem o direito de brincar e aprender os significados e regras de brincadeiras executadas e , só assim saberá o mundo de valores ,e aceitar as diferenças entre as culturas .ARANHA , no seu livro de filosofia diz:

“Agora, portanto, passamos a usar a palavra “cultura” como resultado de tudo o que o homem faz, seja material ou espiritual, seja pensamento ou ação. A cultura exprime as variadas formas pelas quais os homens estabeleçam relações entre si e com a natureza”.

Nesse sentido pode se dizer que a cultura é o conjunto de símbolos, e de grande contribuição para que o brincar do passado possibilite um processo de socialização entre o presente.

Assim, este artigo traz uma preocupação teórica e prática com a questão do como trabalhar o lúdico nas creches e nas escolas de educação infantil, juntamente com o planejamento escolar e a construção da realidade, da constituição de universos simbólicos, do problema do brincar culturalmente dito. Mas isso se faz a partir de práticas e experiências pedagógicos. São através de motivações, relevância, projetos com brincadeiras, e até mesmo com rotinas que as crianças estimularão a coordenação e a aprendizagem em qualquer disciplina.

Alem da preocupação teórica e pratica também debatemos a preocupação sociológica, onde a família em geral não tem o tempo para o “brincar” com suas crianças, estão mas preocupados com o bem estar, financeiro, não tem o tempo para que demonstre um pouco mais de afeto e atenção para seus filhos.

“Sabemos que a educação não esta somente nos bancos escolares e sim em casa, nas ruas, na igreja, dentre vários lugares que estivermos, pois, a educação fundamenta a “socialização” do homem e sua humanização. Trata-se de um processo que dura a vida toda e não se restringe á mera continuidade de tradição, pois supõe a possibilidade de rupturas, pelas quais a cultura se renova e o homem faz a história. ”(ARANHA, 96, p.18).

“Felizmente, surgem novos tempos. Tempos de deixar vir à tona a imaginação e a criação. Surge um tempo em que o brincar pode e deve fazer parte da educação e que o corpo e alma só poderiam andar juntos e que um não conseguiria expressar-se sem o outro. Surge um tempo em que o brincar pode e deve fazer parte da educação e que o brincar pode e deve fazer patê da educação e que o corpo e a alma através desse brincar poderão expressar seus sentimentos. Dessa forma, muitos educadores entendem que só a partir da relação com o outro, com o meio, o ser humano poderia desenvolver-se plenamente”. (ULBRA,08.p.VI).



2 O LÚDICO NA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO



O dicionário nos diz que “lúdico”, é o que se prática por divertimento, que as atividades lúdicas descansam as pessoas, por sua vez, é uma verdade, faz com que as crianças desde quando nasçam sem ao menos ter visão daquilo que está perto ou sentindo, ela se diverte e aos poucos consegue manifestar suas emoções e movimentos.

Muito se fala sobre o “lúdico” no maternal e educação infantil, pesquisadores, educadores, professores e pais que tratam da importância do brinquedo na infância. A infância e o brinquedo são questões muito próximas.

O brincar ou a ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão. Ela facilita o desenvolvimento social, pessoal e cultural e contribui para a saúde física e mental.

“Acho que o quintal onde a gente brincou é maior do que a cidade. A gente só descobre isso depois de grande. A gente descobre que o tamanho das coisas há que ser medido pela intimidade que temos com as coisas. Há de ser como acontece com o amor. Assim, as pedrinhas do nosso quintal são sempre maiores do que as outras pedras do mundo. Justo pelo motivo da intimidade. [...] Se a gente cavar um buraco ao pé da goiabeira do quintal, lá estará um guri ensaiando subir na goiabeira. Se a gente cavar um buraco ao pé do galinheiro, lá estará um guri tentando agarrar no rabo de uma lagartixa. Sou hoje um caçador de acha douro da infância. Vou meio dementado e enxada às costas cavar no meu quintal vestígios dos meninos que fomos [...]” Barros, 2006.

Ao longo da história da humanidade houve uma impressionante evolução da cultura, registrada, principalmente em objetos de arte. A comunicação foi aprimorada, assim como foram criadas e aprimoradas as tecnologias e houve um crescente desenvolvimento científico.

No entanto, se houveram evoluções em muitos aspectos da vida das pessoas, outros se mantiveram pouco alterados através dos séculos. Certos modos de vida e hábitos culturais permaneceram. Dentre eles, podem-se destacar as situações de brincadeiras que perpassaram séculos de forma inalterada.

Verifica-se na história primitiva dos homens que as atividades de caça, pescam lutas, era uma forma de sobrevivência, mas muitas vezes, possuía o caráter de divertimento.

FONSECA (2010) registra algumas etapas interessantes da história sobre jogos:

“Na Grécia Antiga, Platão (427-348) afirma que os primeiros anos da criança deveriam ser ocupados com jogos educativos. A partir do séc.xvi, os humanistas perceberam o valor educativo dos jogos e os colégios jesuítas foram os primeiros a recolocá-los em prática.”

Nas civilizações antigas revelam que, mesmo com diferentes formas de organização da sociedade vigente, o lúdico mantinha-se presente no dia-dia dos adultos e das famílias, onde são identificados- já nos termos utilizados- algumas diferenças importantes para a compreensão de contradições existentes na educação com relação aos conceitos de ludicidade, jogo e brincadeira, ou mesmo com relação aos conceitos de exercício, treinamento e divertimento.

O ideal educativo dos gregos foi o aperfeiçoamento da personalidade através da posse do conhecimento, que era, para eles, um instrumento para elevar o indivíduo, tendo os poetas como os primeiros educadores. Os gregos entendiam que a educação não ficava restrita á escola, para eles a cidade também educava tanto em suas reuniões políticas, administrativas e jurídicas, quanto nos jogos, nas artes, na arquitetura e nas representações dramáticas.

“Os jogos olímpicos revelavam informações importantes na organização da sociedade e na concepção de educação na Grécia. Ocorriam em um festival religioso e atlético, que acontecia em quatro e quatro anos no santuário de Olímpia, em honra a Zeus. Passaram a se chamar de Olimpíada, que oferecia um espaço a setenta metros de altitude, em um vale com um bosque rodeado por muretes, edificações com altares e templos.” (UBRA, 2009).

A Idade Média abrange um período muito extenso, de quase mil anos, entre a decadência do Império Romano (476) e a tomada de Constantinopla (1453). Caracterizada pela desagregação, a educação medieval vai se firmar nos preceitos da fusão da fé cristã com as doutrinas grego-romanas.

Entre os pensadores da época estava Santo Agostinho, que foi importante filósofo e teólogo. Escreveu algumas obras pedagógicas com a idéia de que a aprendizagem, como uma das necessidades humana, só pode ser totalmente satisfeita se relacionada a Deus, o mestre interior, assim recomendava a alegria, paz nos corações e algumas brincadeiras. Dizia ele. “O lúdico é eminentemente educativo no sentido em que constitui a força impulsora de nossa curiosidade a respeito do mundo e da vida, principio de toda criação”. (UBRA,2009).

Pesquisas em enciclopédias medievais destacam o jogo tratando-o como “uma atividade que supõe um desafio. Não há jogo a não ser que um desafio seja proposto aos participantes, o que supõe um vencedor. Os jogos são divididos em jogos de azar e jogos de destreza”. Assim o jogo é compreendido como PRAZER NECESSÁRIO PARA RELAXAR; nesse caso, não deve ser considerado uma atividade essencial, e sim uma atividade que rompe o período de trabalho para um descanso. Nesse período foram inventados os mais diversos jogos, principalmente envolvendo dinheiro e competição. (UBRA, 2009).

Estudiosos e pesquisadores modernos e contemporâneos se debruçam sobre o tema, mas fica claro que a posição de pensar a criança no centro do processo que envolve o jogo é fundamental. (UBRA, 2009).

A história aqui possibilita identificar diferentes intenções para o jogo, brincadeiras, ou seja, tudo que envolve o lúdico, revelando o modo como pensam e organizam sua sociedade.



3 O ENSINAR E O APRENDER


“O processo de ensinar e aprender è fundamental para o desenvolvimento e perpetuação de espécie humana. Quando o professor capta a dimensão dessa importância, ele muda seu comportamento em sala de aula”. ( Elvira de Souza Lima)

Para Lima, os conhecimentos dos processos biológicos, neurológicos e culturais que levam o ser humano a aprender é fundamental para o professor de Educação Infantil desenvolver melhor seu papel de ensinar, ou seja, propor um trabalho pedagógico que favoreça o desenvolvimento de experiência diversas com o conhecimento científico, a arte e a vida cotidiana, entendida como experiência com a cultura.

Além disso, o ato pedagógico deve levar em conta as funções psicológicas envolvidas no ato de aprender – memória, atenção, percepção, pensamento e imaginação – esta ultima é menos lembrada no processo educacional. Porém, é responsabilidade da escola propor experiências ao aluno para desenvolvê-la.

“Cabe à Creche ou a Escola da Educação Infantil obter variedades de brinquedos, para que promova uma ótima aprendizagem, conforme a idade de formação e o contexto de desenvolvimento, as quais não nos ocorrem outros contextos em que as crianças vivem. Um processo pedagógico de qualidade garante que as crianças sejam atendidas em suas necessidades (brincar, criar, e aprender), que o trabalho seja planejado e acompanhado pelos educadores.” (Coleção gira mundo, 2009).

A criança pequena geralmente apresenta varias características de aprendizagem ao aprender a brincar. O brincar ,como um processo e modo , proporciona uma ética da aprendizagem em que as necessidades básicas das crianças podem ser satisfeitas, Essas necessidades incluem as oportunidades:de praticar, escolher, preserva, imitar, imaginar, dominar, adquirir competência e confiança ;de adquirir conhecimentos, habilidades, pensamentos e entendimentos coerentes e lógicos; de criar, observar, experimentar, movimentar-se ,cooperar, sentir ,pensar, memorizar e lembrar.E entre tantos aprendizagem parra que construa o aprender através das brincadeiras.

Por meio de situações lúdicas, como jogos, brincadeiras, os pequenos constroem e se apropriam de conhecimentos diversificados das mais diversas esferas. Elas possibilitam, igualmente, a construção de categorias e a ampliação dos conceitos das várias áreas do conhecimento.

Toda criança, o interagir com outras crianças eles aprendem a respeitar o outro, a discutir, a cooperar e a dividir seu espaço e seus brinquedos. Essa elação reforça a autonomia e independência dos pequenos. A partir de um ano, esse convívio se torna mais fácil. Geralmente, as próprias crianças procuram outras para brincar e se animam com a presença de amiguinhos, e com certeza transformará em aprendizagem. Soma se aqui a contribuição de Gisela Wajskop, para qual:

“A criança desenvolve- se pela experiência social, nas interações que estabelece, desde cedo, com a experiência sócio-histórica dos adultos e do mundo por eles criado”.

Então, segundo Wajskop: “a brincadeira è uma atividade humana na qual as crianças são introduzidas, constituindo-se em um modo de assimilar e recriar a experiência sócio-cultural dos adultos”. “Ainda, a brincadeira è o resultado de relações, portanto de cultura; aprende-se a brincar”.


4 ALERTA GERAL: O PAPEL DA MÚSICA E DA TELEVISÃO

Estamos vivendo em uma sociedade em que fazer uso da televisão, do computador e da internet é tão comum como ir a padaria comprar um pãozinho. Mas como fazer a criança conviver com todos esses estímulos sem afetar o seu desenvolvimento? Tendo bom senso, não há outra maneira. A música, por exemplo, é importante para despertar na criança a criatividade e o raciocínio, a partir do momento em que ela começa a repetir e até a cantar sozinho o que ouviu. Através da música a criança interage com o mundo e aprimora suas habilidades auditivas. Ela descobre instrumentos, inventa melodias e ouve com prazer o que você tem para cantar. Por isso, prefira as cantigas de roda, como Ciranda- cirandinha Marcha Soldado, Serra-Serra serrador e assim por diante. Evite as músicas da moda que tocam nas rádios. As letras condizem com faixa etária da criança. Há diversos grupos e compositores infantis que fazem músicas ótimas –e atuais- para a criançada.

Já a televisão ainda é um assunto que gera bastante discussão entre os especialistas. Há aqueles que acreditam que até os dois anos de idade, a criança não deva ter contato com esse aparelho. Outros são mais flexíveis e acham que não há mal algum em permitir que a criança assista desde que não passe de duas horas diárias. Hoje em dia, com mães cada vez mais ocupadas não há como prescindir do conforto que a televisão proporciona desde que isso não afete a personalidade da criança. Temos uma vasta programação que deve ser analisada com cuidado pelos pais. Há programas e desenhos infantis que estimulam o desenvolvimento da inteligência e contribuem para o aumento da cultura, da mesma forma que há outros que prejudicam o desenvolvimento da inteligência e deformam a personalidade .Da mesma forma temos que saber escolher as programações da televisão para passar para nossas crianças das Creches e Escolas da Educação Infantil.



4.1- MUSICA CLÁSSICA: Vários estudos vêm sendo realizados para provar que ouvir música clássica, em especial Mozart, ajuda a tornar as crianças, mas inteligente. Os cientistas acreditam que ao ouvir esse tipo de música desde a gestação, a criança desenvolve melhor o raciocínio lógico. Os primeiros estudos foram realizados pesquisadores franceses, que analisaram a influência da obra do músico por cerca de trinta anos. Então saibamos que a música sempre será benéfica para a criança em todos os quesitos principalmente na no ensino- aprendizagem.



CONCLUSÃO



A criança precisa exercer o que é próprio da idade e nesse contexto o espaço e os tempos da criança devem ser preparados (adultos: pais e professores) para que ocorram situações favoráveis ao seu desenvolvimento.

Há que se planejar para que as crianças tenham o direito de viver a sua infância em plenitude. Os professores devem mostrar em constante mobilização para que políticas públicas sejam criadas e implementadas visando à vida e o bem estar das crianças.

O papel dos professores é fundamental para que uma educação infantil real e de qualidade seja realizada no Brasil.

Portanto, o que não podemos é esperar que todos os nossos alunos sejam iguais, pois certamente em nossas salas de aula existirão crianças calmas, ativas, brancas, negras, adotivas, de pais separados, com alguma deficiência física, etc. O exercício de perceber essas diferenças já é por sua vez difícil, porém necessário. É nesse ponto que podemos pensar em um planejamento em que fique claro qual o nosso papel de autoridade na sala de aula: não de autoritarismo, mas que o mesmo tempo respeite as diferenças e oportunize espaços de expressão, ludicidade, e criação por partes dos nossos alunos.




REFERÊNCIAS



Aranha, Maria Lúcia de Arruda; Filosofia da Educação / 2ª ed. rev. E ampla. – São Paulo: Moderna, 1996

Brougère, G. Mais sobre brincadeira e aprendizagem, Entrevista com Gilles Brougére sobre o aprendizado do brincar. Thais Gurgel (novaescola@atleitor.com.br).

Livro de Fundamentação: educação infantil / organização da Editora. 2ª edição revista e atualizada – Curitiba: Editora Ibpex, 2009. (Coleção Gira Mundo).

Oliveira, Zilma de Moraes Ramos de Educação Infantil: Muitos Olhares. - 8. Ed., São Paulo: Cortez, 2008.





O lúdico na prática pedagógica / [obra] organizada pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra). – Curitiba: Equipes, 2009.