Atenção! Atenção!!! Galera da Escola Dom Francisco...Os Projetos Consciência Negra e Sarau, se unem para realizar uma grandiosa festa, no dia 04 de dezembro, onde estaremos realizando exposições dos trabalhos realizados sobre a Consciência Negra, teremos ainda apresentações de danças, comidas típicas e muita música.... Vale apena vc vir conferir e participar conosco. Recadinho da profª Marileide
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
sábado, 14 de novembro de 2009
CULTURA POCONEANA
Marizeth de Amorim Campos
Professora de História
Escola Estadual “Dom Francisco de Aquino Corrêa”
Poconé-MT
Resumo
Podemos também considerar o conceito de cultura, em um sentido restrito, como produção intelectual de um povo, expressa nas produções filosóficas, científicas, artísticas, literárias, religiosas, em resumo, nas manifestações espirituais e culturais.
Este artigo dedico carinhosamente para a turma do 9º ano, da Escola Dom Francisco de Aquino Corrêa, sem distinção de discentes, pois todos conseguiram um “pedaço do meu coração”.Espero ter ajudado a ter um pouco de conhecimento da nossa cutura, pois não podemos abandonar temos que garantir e sustentar a nossa tradição.
O Professor de notação não pode ensinar o aluno a nadar na areia fazendo-o imitar seus gestos, mas leva-o a lançar-se na água em sua companhia para que aprenda a nadar lutando contra as ondas, fazendo seu corpo coexistir com o corpo ondulante que o acolhe e repele,revelando que o diálogo do aluno não se pode travar com seu professor de notação, mas com a água. O diálogo do aluno é como o pensamento, com a cultura corporificada nas obras e nas práticas sociais e transmitida pela linguagem e pelos gestos do professor, simples mediador.
(Marilena Chauí)
Alunos do 9º ano, realizando pesquisa sobre Cultura poconeana.
A vocês dedico este Artigo.
Palavra-chave: Memória poconeana
Já da forma mais sucinta, Ferreira Gullar compreende a “cultura popular” como a “tomada de consciência da realidade brasileira”.
Em todas as manifestações culturais da cidade são apresentadas as Danças: Cururu, Siriri e a Dança dos Mascarados, esta ultima é cartão de visita. Não há festas onde ela não acontece, também são apresentadas para visitantes da cidade poconeana. O poconeano é um povo que cultua secularmente suas tradições e conserva suas características originais de todas suas atrações que encanta, no conjunto das maravilhas culturais do município, essa cidade plural é conhecida como “Cidade Rosa”.
Introdução
Neste artigo pretendo expor um breve relato referente a um trabalho realizado com a turma do 9º ano, Período matutino, da Escola Estadual “Dom Francisco de Aquino Corrêa”, situada no Distrito de Cangas a 20 km de Poconé, trabalhando com os Discentes a cultura poconeana, ou seja, a sua Identidade Cultural, a importância do turismo para a cidade, e assim comentando sobre alguns pontos turísticos da cidade, a sua origem e a fundamentação do município de Poconé. Colocando em questão uma breve reflexão das principais manifestações culturais do folclore que a cidade dispõe como por exemplo: A Dança dos Mascarados,Cururu, Siriri, a Festa de São Benedito, Divino Espírito Santo e da Padroeira da cidade N.S do Rosário, e a Cavalhada . Além dos principais Pontos Turísticos da Cidade como: A Praça da Matriz, Praça Bem Rondon, Ruínas da Usina Termo Elétrica,Tanque da Rua. Assim considerando fundamentalmente o entendimento sobre a preservação dos valores culturais e ambientais caracteriza-se, crescentemente, como uma tendência da atualidade nos mostrar uma linguagem objetiva, com uma visão ampla da realidade concreta, manutenção de uma identidade específicas, que garantam às pessoas a referencia do seu lugar, com isso ajudando os alunos um maior entendimento no processo ensino-aprendizagem.
O artigo tornou-se realidade graças as preocupações quanto a melhoria do processo ensino-aprendizagem e respeito às características da cidade poconeana, levando em conta dinamismo do povo hospitaleira da cidade de Poconé, que oportunizou condições para que este trabalho fosse concretizado e que mantesse uma postura de expressar o que de melhor tem a Cidade de Poconé a oferecer a seus visitantes.
Palavra-chave: Memória poconeana
Cidade de Poconé: Sua Origem
Imagem do centro de Poconé
Poconé, Portal do Pantanal Mato-grossense. Por volta de 1777, com a descoberta de ricas veias calorífera aluviais, surgiu o núcleo do povoamento, denominado povo indígena Beri-Poconé, habitava a região.
Em 21/01/1781 foi elevado à categoria de Arraial, com a denominação de São Pedro Del Rei, em homenagem a D. Pedro II de Portugal. O Decreto, Lei Providencial de 25/01/1831 criou o município, com a denominação de Villa de Poconé, voltado o nome antigo, pouco modificado. Neste decreto, ocorreu pela primeira vez a designação de limites em ato de criação de município em Mato Grosso,tornando assim a 4º da província do Estado. Com o esgotamento das minas de ouro a agricultura e pecuária passaram a nortear a economia do município, que hoje se volta também para o turismo.
A 01 de junho de 1863, através d lei provincial, o município de Poconé, recebeu foro de cidade.
O município dispõe de um espaço de realizações de shows e festas populares é um palco fixo localizado na praça da matriz no centro do município.
Poconé dispõe de várias praças que fazem parte da beleza e até mesmo da cultura poconeana, pois não há visitantes que não os apreciam.
A principal praça é a tradicional Praça da Matriz, área central da cidade, reunidos um conjunto de casas em estilo colonial mesclada com outras em estilo do ano 60. O Primeiro ponto de visitação é a Igreja Nossa Senhora do Rosário, reconstituída em 1986.
A Praça Bem Rondon, destacando os casarões que pertenceram aos fazendeiros de menos posse durante o período de formação da cidade. A arquitetura é do tipo colonial português com algumas interferências. Após poderemos conhecer as Ruínas da Usina Termo Elétrica, construída na década de 30, que possibilitou os moradores a iluminação (antes feitas por lampião a vela e querosene) até as 22h00minh. Em seguida ,poderemos conhecer o complexo histórico do Tanque da Rua.Este local é composta de Ruína de Habitação ,tratando de vestígios arqueológicos de uma construção com alicerces em pedra canga e paredes de taipa de pilão e adobes. O Tanque da Rua, também é conhecido como o Tanque da Ressaca. Recebeu esse nome devido ao fato das pessoas utilizarem-no para recomporem as energias desgastadas por suas atividades diárias.
No local encontramos a Cacimba do Rei. Trata-se de um poço ,uma espécie de emparedado de pedras cangas lavradas que após mais de dois séculos,continuam em excelente estado de conservação e não esgotado, observando-se a existência de água a poucos metros de profundidade.Também , logo em frente , a antiga Casa do Senhor João Epifhaneo da Costa marques.Trata- se de uma residência de um Senhor de referencia famoso,um fazendeiro local, cuja importância está relacionada principalmente, as contribuições prestadas para o desenvolvimento da cidade, devendo-se a ele, a construção da Igreja Menino Jesus.
A Igreja Menino Jesus, é uma visita imperdível, pois é datada de 1922, obedecendo a um padrão arquitetônico típico de influencia português, com uma torre e um galo encimado em seu pico. Hoje a Igreja Menino Jesus é aberta as portas para a população apenas para realização de velórios.
É importante registrar também a Casa do Artesão, onde podemos encontrar em exposições diversos trabalhos manuais feitos pelos artesões do município.
O Córrego Teresa Botas, também faz parte do complexo do Tanque da Rua, cuja importância remota ao período pré-colonizador, quando os índios utilizavam suas águas para banho e consumo servindo como abastecimento de água e eixo para a formação da cidade. O Parque Temático de Mineração Beri – Poconé localiza-se na região central do município de fácil acesso, é uma área recuperada onde foi inserida vegetação nativa e espécies ornamentais.
Sabemos que a preservação do patrimônio da cidade depende dos Poderes Públicos, em principalmente do povo que ali habitam.
A atuação nos espaços urbanos requer, assim, nova postura profissional e política, com a agregação de novos parceiros e com a compreensão do organismo dinâmico que é da cidade.
(Maria Cristina Rocha Simão, 2001, p.20)
De acordo com Maria Cristina Rocha Simão, a cidade para manter viva suas tradições precisa adotar uma postura política, e felizmente o Poder Público Municipal de Poconé, mantem em ativa as construções de prédios com manifestações culturais, pois em frente da Igreja Menino Jesus agora se encontra um prédio onde é localizado A Casa do Turismo, com fachadas verdes e estrutura moderna, onde encontramos de fácil acesso informações referente as nossas culturas e pontos turístico da cidade.
Poconé e sua Cultura Popular
Antes de abordar a questão da cultura popular poconeana, seria interessante estabelecer o que é cultura popular. Segundo Aranha (Filosofia da Educação, 1998, p.40).
O conceito de cultura popular é complexo [...]. De maneira geral ,consiste na cultura anônima produzida pelo homem do campo, das cidades do interior ou pela população suburbana das grandes cidades.
Com todas essas referencias referente à “cultura popular”, levamos em conta que na verdade não deixa de ser uma manifestação das “tradições”, que esta na memória de um povo, ou seja, levando em conta a cultura poconeana às tradições esta na memória coletiva do povo que residem à cidade e das que visitam.
Como parte da cultura popular é cultivada as festas religiosas de São Benedito, Espírito Santo, N.S do Rosário, que tais festas são realizadas na Casa das Festas da cidade, com direito ao almoço e jantar, com o portão aberto para o povo que assim prestigiam a cultura. N a praça da Matriz é o por to principal da cidade ,enfrente da Igreja da Matriz(Nossa Senhora do Rosário), acontece a cultura da Iluminação é das festas do Divino Espírito Santo e São Benedito,pois fica todo iluminado em frente da Igreja com várias candelárias iluminadas.
Na festa de São Benedito já é tradição na ultima semana da festa, em um domingo acontecer à tradicional “Cavalhada”, com seus respectivos cavalheiros é um evento histórico e emocionante onde apresente a luta dos Mouros e Cristões para resgatar a princesa, que por causa da mesma acontece conflitos e guerras.
Imagem da Cavalhada de Poconé
Em todas as manifestações culturais da cidade são apresentadas as Danças: Cururu, Siriri e a Dança dos Mascarados, esta ultima é cartão de visita. Não há festas onde ela não acontece, também são apresentadas para visitantes da cidade poconeana. O poconeano é um povo que cultua secularmente suas tradições e conserva suas características originais de todas suas atrações que encanta, no conjunto das maravilhas culturais do município, essa cidade plural é conhecida como “Cidade Rosa”.
Os Máscarados
-ARANHA, Maria Lúcia de Arruda, Filosofia da Educação, 2º edição- SP,
Brasil, moderna, 1996
BAPTISTELLA, Rosana. Danças Populares de Mato Grosso.
Cuiabá, 1997.
-CARMO, Terezinha Maria. Delegada Regional de Educação e Cultura. Puccini-
Mt1986.
-Secretaria Municipal de Turismo e Meio Ambiente. Guia Turístico,
Poconé-MT.
-SIMÃO, Maria Cristina Rocha, Preservação Cultural em Cidades, Belo Horizonte, Autêntica, 2001.
-ORTIZ, Renato, 1947- Cultura brasileira e identidade nacional, 5ª edição São Paulo,
Brasiliense, 1994.
-VELHO, Gilberto, Individualismo e Cultura: Notas para uma Antropologia da Sociedade Contemporânea, 5ª edição, Rio de Janeiro, Jorge Zahar ED, 1999.
Meninos dancando a Dança dos Máscarados
A Dança Dos Mascarados: Origem
É de conhecimento geral que os Mascarados, pertencem à cultura poconeana e possui uma tradição histórica.
A origem da dança é uma questão duvidosa e contraditória, pois há quem diga que possui origem indígena e era dançada pelos índios “poconés”, cujo chefe da tribo era “Congo Mango”, verdadeiro inventor da Dança dos Mascarados.
Além disso, comenta-se que a Dança dos Mascarados vem dos costumes indígenas, mas foi enriquecida pelos colonizadores europeus, em especial os espanhóis.
O Ritmo
A música é tocada pela tradicional “Banda Municipal de Poconé” que possui 14 participantes e é regido pelo mestre “Sr. Augusto”.
O mestre é conhecedor de toda a coreografia e assim o tempo certo de cada música.
A banda utiliza sete instrumentos: dois saxofones, um piston, uma tumba, uma caixa, um tambor, um prato.
Música
Em relação à música não há qualquer documento referentes á elas, e sempre foi e é passada para o mestre sem nenhuma partitura ou registro.
Em 2002, foi feita uma entrevista com o Pároco Joaquim Tébar, referente á música da Dança dos Mascarados e de acordo com o depoimento, “a música é de origem européia, unida a Áustria, chegando à Espanha e trazida até a região de Poconé pelos espanhóis.”
Além disso, não existe semelhança entre a dança e a música, possuindo características distintas.
A Dança
A Dança dos Mascarados é realizada por 28 figurantes, distribuídos em 12 pares, 3 balizas e 1 estandarte.
Os participantes são apenas homens, devido ao grande esforço físico que a dança requer, pois são necessários passos largos, cadência e animação. Todas as danças são comandadas pelo marcante, que usa como instrumento um apito.
Ao todo são 12 danças e cada uma com seu respectivo nome e características, são elas:
Entrada- cavalinho- entra soltando; primeira e segunda com forte influência espanhola na música e no passo.
Joaquina: a que requer mais resistência;
Trança Fitas: dança com seis galões e seis damas;
Harpejada: dança com passos mais rápidos;
Lundu: cumprimento, mas de forma diferenciada;
Tem ainda a dança do violão, caradura (cara-de-pau);
Retirada, despedindo-se do público.
A Dança Nos Dias Atuais
Atualmente o grupo de “Dança dos Mascarados”, é coordenado pelo Profº “João Benedito da Silva”, também atual presidente.
Através de sua dedicação e trabalho, o grupo foi subdividido em turmas com faixa etária de:
- Grupo Mirim: 5 a 11 anos;
- Grupo de jovens: 15 a 17 anos:
- Grupo dos Adultos: 17 a 20 anos:
- Grupo dos veteranos, que é composta pelos antigos dançadores e que pouco se apresentam devido à idade.
Podemos também relatar a parceria entre as escolas e a coordenadoria dos dançarinos em que participam apenas os meninos que freqüentam as aulas regularmente.
Conclusão
A idéia de trabalhar esse tema com os alunos do 9º ano foi ótima, pois só assim tiveram acesso e conhecimento às matérias que dizem respeito a sua cidade, mesmo morando no Distrito de Cangas não deixam de ser poconeano de sangue e de coração. Ao meu ver, primeiramente temos que conhecer a nossa origem e a nossa cultura natal ,ou seja a nossa identidade cultural para que depois tenhamos conhecimento da nossa cultura nacional .
Pois o poconeano é povo que cultua secularmente suas tradições. “ Conserva as características originais das festas, danças, comidas típicas, artesanatos e todas as tradições que encontram no conjunto das maravilhas culturais do município,” conhecido como” Cidade Rosa”.
Portanto, para que tenhamos tais belezas coloniais e até mesmo contemporâneas, e a nossa cultura popular, precisamos manter vivo em nossa mente uma simples ideologia: que temos que ter ética cultural e ambiental, só assim preservará a nossa cidade e a nossa tradição. E está sendo criados novos grupos infantis na modalidade grupo folclórico dos Mascarados, inovando os participantes, sendo que em todos os eventos culturais, municipais, estaduais, regionais e até mesmo nacionais esta tradicional dança poconeana já foi apresentado.
Hoje, o “Centro cultural” da cidade, mantém vivo na memória do povo poconeano e até mesmo para os visitantes da cidade a tradicional “Dança dos Mascarados”, e outras manifestações culturais.
BIBLIOGRAFIA
Brasil, moderna, 1996
BAPTISTELLA, Rosana. Danças Populares de Mato Grosso.
Cuiabá, 1997.
-CARMO, Terezinha Maria. Delegada Regional de Educação e Cultura. Puccini-
Mt1986.
-Secretaria Municipal de Turismo e Meio Ambiente. Guia Turístico,
Poconé-MT.
-SIMÃO, Maria Cristina Rocha, Preservação Cultural em Cidades, Belo Horizonte, Autêntica, 2001.
-ORTIZ, Renato, 1947- Cultura brasileira e identidade nacional, 5ª edição São Paulo,
Brasiliense, 1994.
-VELHO, Gilberto, Individualismo e Cultura: Notas para uma Antropologia da Sociedade Contemporânea, 5ª edição, Rio de Janeiro, Jorge Zahar ED, 1999.
Alimentação Escolar Mais Saudável
Programa Agrinho Meio Ambiente pg 06. Nessa perpectiva o currículo escolar imcorporam-se como diretrizes gerais capacitar o aluno para realização de atividades produtiva para que ele possa "aprender para a vida" a tirar o seu sustento da própria terra. A escola além de trabalhar conteúdos específicos, desenvolve projetos como horta para incentivar os alunos e comunidades escolar no cultivo e no consumo da hortaliça.
O estudo enfatiza a importância da alimentção saudável na merenda escolar, bem como o cultivo orgânica baseado na recuperação e conservação do solo. Os produtos plantados e cultivados sem o uso de agrotóxicos ou adubos químicos, são sem dúvida um fator importante à saúde, considerados mais seguros ao homem e ao meio ambiente.
Os alimentos contém nutrientes.Os processos que permitem a nosso organismo usar os nutrientes para seu crescimento e desenvolvimento e eliminar os restos não aproveitáveis constituem a nutrição.
Pensando nisto, buscamos a horta para a implementação e enriquecimento da merenda com produtos cultivados dentro da nossa escola, além de criar novas maneiras de aproveitar bem os alimentos obtidos e assim incentivando à mudança de hábito alimentar.
Portanto, observou-se que os alunos aceitaram bem as verduras enclementadas na merenda escolar, essa avaliação foi feita a partir do momento que foi oferecida aos alunos.
Elaborado por: Eliane Vieira de Oliveira, Annyer Dayanna Rojas da Conceição, Maria Gevânia Vitor Lima
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Histórias "Bem do seu Tamanho"?!
HISTÓRIAS “BEM DO SEU TAMANHO”?!
Julice Martins de Campos *
Para o homem primitivo, as proezas físicas são uma fonte de poder, mas o conhecimento é uma fonte de poder mágico. Para ele, todo saber é um ´saber sagrado´, uma sabedoria esotérica capaz de obrar milagres, pois todo o conhecimento está diretamente ligado a própria ordem cósmica.
( J. Huizinga, Homlundes, 1938 in: Coelho, 2000)
PALAVRAS – CHAVES: Histórias infantis, crianças, transformações, ludicidade.
Este artigo tem como objetivo central, a busca de valores contemporâneos em consolidação com os valores tradicionais das histórias literárias infantis.
Se hoje existem histórias para contar isso deve-se a necessidade que o ser humano sente de narrar o que um dia viu ou o que hoje sente. Confeitada às vezes de muita fantasia as histórias encantam e despertam a imaginação de quem as lêem.
A literatura infantil hoje atende a um público bastante exigente. Voltada às necessidades desse público escritores como Ana Maria Machado, Marina Colassanti, Ricardo Azevedo e vários outros autores contemporâneos, dão importantes contribuições escrevendo obras modernas com problemas e soluções que atendam os anseios da criança do século XXI.
Sabemos que a fantasia intrínseca na história nem sempre é tão pura quanto imaginamos. Ela muitas vezes refere-se a alguma realidade tais como, sentimentos, fatos, desejos e problemas humanos. A literatura infantil encontra-se coberta levemente por um amálgama entre o fantástico e o real, que pode servir de ponto inicial para pensar nos efeitos das histórias de vida do público alvo que são os eleitores modernos.
No interior da literatura direcionada ao público infantil, há um mundo repleto de mitos, lendas e contos de fadas. Nesse mundo literário o fictício pode se tornar real, proporcionando uma resposta convincente e ao mesmo tempo fantasiosa a fatos que a ciência jamais conseguiria explicar.
A literatura infantil sentindo a necessidade de inovar-se, começa a caminhar em busca das transformações. O período de 1920 – 1930 registrou um marco importante para as histórias infantis brasileiras. O escritor Monteiro lobato inaugurou um novo contexto literário, escrevendo de maneira inovadora para as crianças de todo país, uma série chamada ``Sítio do Pica – Pau amarelo``.
Essa Série, fez grande sucesso, porém nada mais transformador surgiu depois disso e os discípulos de Lobato, mesmo usando técnicas novas da escrita, apenas reforçaram os valores conservadores.
Estagnando – se na mesmice, a literatura infantil passou anos seguintes por tediosos momentos, criando na década de 40 – 50, um marasmo pedagógico no mundo encantado das crianças.
Porém, por intermédio dessa mesmice dos literatos, algo de novo se via obrigado a acontecer. Então, surge uma variada produção literária que, atenta as transformações em curso no âmbito cultural, literário em geral, evoluiu – se.
Acompanhando o processo de uma civilização tecnológica e respondendo as exigências de uma sociedade impelida pela rapidez das transformações, bem como pela necessidade de uma comunicação cada vez mais objetiva e veloz, os anos 70 assistiram ao lançamento de uma nova proposta literária que veio para transformar o livro infantil em um ``objeto novo``.
O objetivo era produzir uma linha de criação um tanto complexa, mas que visava dar uma forma concreta a esse modo de observar, analisar e construir o real, com o intuito de provocar nos leitores um olhar curioso com possibilidades de descobertas de coisas novas, que estão intimamente ligados ao nosso cotidiano.A perspectiva dessa transformação era de que o leitor e as histórias pudessem se interagir em harmonia.
A literatura infantil hoje, busca trabalhar a realidade social, trazendo para dentro dos textos infantis problemas da vida do homem contemporâneo. Embora ainda haja algumas narrativas em que a moral da história acabe por ser um horizonte fechado e enfatize a negatividade, o preconceito ou o fracasso do cotidiano, a grande maioria delas apontam para a esperança, inspiração e para a consciência da importância participativa dinâmica da vida.
Nessa nova literatura infantil é oferecida aos leitores uma multilinguagem intrínseca nas palavras, procurando difundir de maneira lúdica e simples os novos paradigmas da vanguarda literária.
No início do século XX fez – se um paralelo entre o paradigma tradicional com o paradigma emergente, um grande desafio que visava criar um novo, sem exonerar o velho que já reinava entre nós há muitos anos. Com essa nova linguagem literária, a escola entra como mecanismo de extrema importância para uma visão reflexiva atentando os alunos a essa recente descoberta do mundo encantado onde a imagem e a escrita contida nos livros passa a ser algo mágico e transformador.
Segundo Coelho: A verdadeira evolução de um povo se faz ao nível da mente, ao nível da consciência de mundo que cada um vai assimilando desde a infância (...) O caminho é a palavra. ( p. 15 )
Atribuímos aos livros e as palavras que os contém, a responsabilidade da consciência de mundo das crianças e dos jovens. A literatura infantil contemporânea, propõem um confronto entre os valores tradicionais, consolidados pela sociedade romântica do século XIX, e os valores novos , gerados em reação aos antigos, mas que ainda não foram equacionados em sistema.
Tal encontro, não visa o interesse de um sobrepor ao outro, mas sim adaptá – los a algo totalmente moderno, que tem como proposta a resolução da problemática do que restou das fantasias na cabeça das crianças nos tempos atuais, onde o vídeo game, os computadores e a internet buscam prevalecer sobre os livros, principalmente se estes, estiverem desatualizados e/ou desinformados.
Os livros infantis modernos devem procurar instigar os leitores a adicionar aos velhos conceitos, que possuem um padrão de obediência absoluta e dogmatismo, um sistema novo com busca de valores renovados e que estão presentes no século XXI. É bem verdade que as histórias tradicionais conservam ainda hoje o lúdico que encanta e faz sonhar leitores de todas as idades. apesar do conservadorismo a história da Cinderela por exemplo, continua em plena era moderna a fazer com que as jovens leitoras sonhem com o seu príncipe encantado.
Contudo, é preciso adequar as ações atribuídas as personagens dos livros infantis ao seu tempo, para que os conceitos intrínsecos na narrativa não se tornem ultrapassados e sem um sentido lógico. Até porque não caberia ao príncipe hoje, vir salvar a princesa das maldades da bruxa malvada, montado em um cavalo, isso demoraria demais. Por isso os cavalos foram substituídos, no desejo das ditas ``princesas modernas``, por carros práticos e velozes. Talvez para alguns conservadores, uma nova versão da história da Branca de Neve poderia descaracterizar o conto, fazendo com que o romantismo se perdesse no decorrer da escrita. Mas ainda é possível ser romântico na modernidade. As marcas textuais e as atitudes das personagens não precisam ser mudadas. Mas devem sim, serem reformuladas.
Temos na literatura contemporânea escritores inovadores, alguns destes, já citados aneriormente, como: Ruth Rocha, Ricardo Azevedo, Ziraldo, Sônia Junqueira, Ana Maria Machado, Marina Colassanti etc., que ao escrever histórias infantis, acabam por contribuir com essa literatura nova. Podemos hoje fazer um paralelo entre as histórias tradicionais com as modernas, comparando os valores antigos com os valores atuais, e levá – los para sala de aula para socializar as novas ideias com os alunos.
A exemplo desse paralelo temos a fábula tradicional ``O Lobo e o Cordeiro`` de La Fontaine e a contemporânea ``O Lobo e o Cordeiro`` de Monteiro Lobato; o mito tradicional ``Prometeu`` da Mitologia Grega e o mito contemporâneo ``Prometeu`` de Mary Shelley; o conto de fada tradicional ``Cinderela`` dos contos Clássicos de Ouro e o conto moderno ``Beijos mágicos`` da escritora Ana Maria Machado; o conto maravilhoso tradicional `´Alice no País das Maravilhas`` de Lewis Carrol e o contemporâneo ``Bem do Seu Tamanho``, também da escritora Ana Maria Machado , onde conta a história de Tipiti uma menina crítica e questionadora dos fatos em sua volta.
Numa conversa com seu pai em casa, ela questiona a posição da figura do homem nos afazeres domésticos. Assim, Tipiti diz : Serviço de homem dentro de casa é ficar sem fazer nada enquanto a mulher faz tudo (...) O homem sai de casa trabalha o dia todo (...) A mulher também, a mãe ajuda a plantar feijão na roça (...) traz roupa lavada (...) e agora está fazendo o bolo enquanto você está aí enrolando seu cigarro. (P. 12)
Percebe-se que a literatura infantil está voltada à tendências cujo aspectos são mais realistas:
O cotidiano propõe situações radicais da vida moderna;
O crítico sugere uma participação mais consciente;
O lúdico busca incorporar na alegria e nos conflitos diários, aventuras e verdadeiras peraltagens, tudo de forma consciente dos problemas do homem moderno.
Costuma – se observar nas histórias infantis tradicionais, um mundo de efeitos e mais efeitos, um mundo de maravilhas. A princesa trabalha apenas em alguns afazeres domésticos, sofre nas mãos das pessoas malvadas sem indagar a sua situação sofredora. Não há questionamentos da mulher em relação a sua condição submissa. Elas vivem a espera de seu príncipe encantado que vez ou outra enfrenta um dragão ou uma bruxa malvada e que aparecem quase sempre nos últimos capítulos da história. E então, ele desce do seu lindo cavalo`` que é branco`` e que ganhou do seu pai ``rei`` e dá um beijo suave e muito rápido na princesa e vão viver felizes para sempre. Mas após passar a última página da história nada mais acontece e a felicidade acaba virando monotonia. Isso pode ser observado no livro ``O Fantástico Mistério de Feiurinha`` do escritor Pedro Bandeira que escreve de modo bem humorado, uma versão moderna das histórias de contos de fadas. Bandeira procura evidenciar aos leitores o que acontece com os príncipes e princesas após a página final do livro em que o narrador diz: - "E todos foram felizes para sempre"!
Nessa nova tendência literária os escritores do público infantil preocupa – se com a verossimilhança dos fatos que transcorrem em suas obras, buscando levar para os contos os anseios e conflitos da vida real.
O que se propõem aqui, não é rasgar ou guardar na gaveta de um armário bem lá no fundo, os livros de contos tradicionais. O intuito é de que com base no ``velho`` crie – se o ``novo``, cuja realidade consequente será nova, sem é claro, perder a essência, a curiosidade e o gosto pela leitura. A intenção é o de propôr que a criança interaja com o meio social puro e real, sem perder a ludicidade. É a partir daí que ouviremos falar de leitores críticos, grandes formadores de opinião. Pois se é verdade que o livro fornece condições para a compreensão do seu mundo interior, com certeza oferecerá também, condições para uma concepção autônoma e, portanto, crítica da vida exterior.
_______________________________________________
*Profª. Esp. em L. Portuguesa e Linguística. Docente da Escola Est. D. Francisco de Aquino Corrêa, Dist. de Cangas – Poconé – MT.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOSI, Alfredo. História Concisa da Literatura Brasileira. 43 ed. São Paulo:Cultrix,2006.
COELHO, Nelly Novaes. Literatura: arte, conhecimento e vida. São Paulo: Petrópolis, Ano: 2000.
MACHADO, Ana Maria. Bem do seu tamanho. Ed. Brasil – América ( EBAL ). RJ. Ano: 1980.
Ilustração de Gerson Conforto.
____________________. Literatura Comentada. São Paulo: Abril Educação, 1942.
MELO E SOUZA, Antonio Candido. A personagem do romance. In: “A personagem de ficção”.
2ª ed. SP: Perspectiva, 1970.
SACCONI, Luiz Antônio. Minidicionário da Língua portuguesa. Ed. Atual: SP. Ano: 1996.
TODOROV, T. Introdução ao Verossímil. In: “Poética da Prosa”. Lisboa: Ed. 70.1979.
( Original Francês, 1971 ).
FONTE: http://www.academia.org.br/cads/1/ana.htm
A importância de aprender a Ler
A IMPORTÂNCIA DE APRENDER A LER
Autoria: MARTINS Marilza Alves
Resumo
O presente Artigo tem como objetivo analisar a importância de se aprender a ler.Pois ler é um processo de interação entre leitor e texto, ou melhor entre leitor e autor, na qual deve proporcionar ao aluno a condição de bom leitor de textos, capaz de analisar e compreender idéias dos autores e de identificar no que lê os elementos básicos e os efeitos de sentido que buscam envolver o leitor. E importante que os aluno tenham oportunidade de exercitar –se na percepção das várias leituras possíveis de um mesmo texto, assim a criança perceberá que a leitura não é apenas uma tarefa na escola, mas está presente em todo contexto de comunicação. Os dados deste estudo foram coletados pela observação participante, que possibilitou a construção da proposta de intervenção “A importância de aprender a ler”, realizada com alunos da turma da Alfabetização da Escola Estadual D. Francisco de Aquino Correa, Município de Poconé, no mês de novembro de 2009.
Palavras chaves: Leitura, Educação, Importância de Aprender ler.
Segundo o PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais), “É importante que as escolas planejem atividades organizadas e direcionadas para as metas preestabelecidas de forma que, ao realizá-las, os alunos tomem coletivamente, decisões sobre o desenvolvimento do ensino, assim como conheçam e discutam meios de produção.” (PCN. 1997: 32)
Diante disso, para que a motivação seja caminho que conduza à aprendizagem, é imprescindível que haja relação harmoniosa, permeada pelo diálogo entre educador e educando, onde um conheça a vida do outro, não apenas na sala de aula, mas também em espaços extra-escolares. Acredita-se que, agindo assim, é possível entender as diferenças individuais presentes no contexto, tais como; a personalidade, o grau de interesse pelo estudo, o amadurecimento emocional, entre outras. Estas diferenças devem ser consideradas em sua totalidade, pois cada um possui a sua história, sendo, portanto, fruto da mesma. Então, motivar para aprendizagem é permitir que os educandos descubram seu jeito de aprender, sem ferir o seu jeito de ser.
Nosso ideal está voltado para esse princípio, com intuito sempre de transformação e de valorização da nossa história, do nosso cotidiano.
Segundo Paulo Freire (1996:4) diz que saber ensinar não é transmitir conhecimento mas criar as possibilidades para a sua construção. Quando entro em uma sala de aula devo estar sendo um ser aberto a indagações, às perguntas dos alunos e suas indagações, um ser crítico e inquiridor, inquieto em face da tarefa que tenho a de ensinar não de transmitir conhecimento. Sendo assim, faz-se necessário a boa formação profissional do educador, que venha ao encontro com as necessidades dos educandos, e adaptação a um mundo de transformação, para que possa participar realmente do processo aprendizagem para possibilitar assim a construção do conhecimento. Dando a si próprio e a sua clientela a oportunidade de crescer intelectualmente através de questionamentos críticas que possam ocorrer no decorres de suas atividades em desenvolvimento. A maior parte dos conhecimentos humanos é obtida por intermédio da leitura.
Por isso, é preciso ler muito, continuamente e com regularidade, pois ler constantemente significa aprender a conhecer, interpretar, decifrar, distinguir os elementos fundamentais dos secundários. É fundamental, que no processo de aprendizagem as pessoas aprendam a buscar as fontes adequadas para a leitura . Com muitas fontes disponíveis para a leitura, sendo ou não todas importantes, a leitura deve conduzir à obtenção de informações tanto básicas quanto específicas, variando a maneira de ler, segundo os propósitos em vista. Mas sem perder os objetivos determinados, mantendo a unidade de pensamento, avaliando o que se lê;
Uma leitura para ser proveitosa e trazer resultados satisfatórios deve ser feita com atenção, ou seja, aplicar cuidadosa e profundamente o pensamento em determinado texto, buscando o entendimento, a assimilação e a apreensão dos conteúdos básicos do mesmo.Deve ter uma preocupação com o conhecimento de todas as palavras, utilizando para isso glossários e dicionários.
O conhecimento é a compreensão inteligível da realidade, que o sujeito humano adquire através do estudo e de sua confrontação com a realidade histórica, política, econômica, cultural e existencial ( Freire, 1996: 6). Seu grande objetivo deve ser o de elucidar essa realidade e não apenas reter informações contida em fontes de pesquisa ou interpretadas a partir da própria realidade. Portanto, o conhecimento possui uma finalidade pragmática porque permite ações adequadas para a satisfação das necessidades humanas e estabelecer formas de compreensão do mundo em que vivemos.
A motivação para a aprendizagem deve acontecer naturalmente, onde o educando, consciente de que a vida é dinâmica e não estática e que o objetivo da existência é o desenvolvimento, seja capaz de querer desenvolver-se em todos os aspectos. Desta forma, o educando, motivado, ultrapassa todos os obstáculos para alcançar seus objetivos. Tudo o que ele faz, faz bem feito porque realmente sente prazer em lutar por aquilo que gosta. De acordo com Carrell (1970: 99). Alguém pode estar motivado para aprender algo porque gosta, e aprende mais rapidamente e melhor.
Aprender a ler é, antes de mais nada, aprender a ler o mundo, compreender o seu contexto, não numa manipulação mecânica de palavras, mas numa relação dinâmica que vincula linguagem e realidade. Ademais, a aprendizagem da leitura é um ato de educação e educação é um ato profundamente político ( Mattos 2004: 91). Toda essa terrível realidade sócio-econômica, além de gerar uma enorme exclusão social, impede milhões de pessoas do ato de ler e escrever, justamente porque o processo de dominação política ,econômica e cultural da formação social brasileira implementaram uma política educacional que contribuiu para consolidar a escola como uma instituição conservadora, alienante, imitativa da organização do trabalho no sistema produtivo. Nós ainda temos no Brasil uma escola incapaz de ajudar na superação da enorme dívida social e na formação de cidadãos capazes de fazer uma leitura crítica do mundo e dos motivos que nos levaram a ter uma realidade histórica tão trágica.
Aprender a ler é muito mais do que simplesmente aprender o valor sonoro das letras, juntar sílabas, palavras, frases. É preciso proporcionar ao aluno contato e a interação com textos escritos, de modo que ele possa perceber as funções sociais de escrita, para que os textos sejam motivadores, é necessárias as compreensões globais, propiciando ao aluno o envolvimento não só do ponto de vista cognitivo, mas também emocional, e a visão de seu significado em relação à vida. Para dar resposta a esse desafio educacional a escola deve se organizar em torno dos quatros pilares da aprendizagem: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a aprender e aprender a ser, pois são fundamentais ao longo de toda a vida dos educandos, instrumentos da compreensão, tais como aprender a conhecer o mundo ao qual pertence sendo capaz de observar o que se é necessário para viver dignamente, buscando desenvolver-se as suas capacidades profissionais, para comunicar, e transmitir conhecimento adquirido.
Diante disso, temos a escola que exige participação integral do aluno. Quanto mais contato e envolvimento ele tiver com situações de aprendizagem como agente e construtor, mais fácil e significativa será a aprendizagem.Tornar o filho um bom leitor é pensar que esse será seu modo de crescer e aprender, mesmo depois de sair da escola, como individuo mergulhador na comunidade, com sua profissão, seus deveres e direitos de cidadãos. Se os pais derem as mãos aos professores, aí sim, a escola se tornará mais família e a família, mais escola. E o resultado desse elo de ligação escola/família será o sucesso para todos os envolvidos.
A Escola Estadual “Dom Francisco de Aquino Corrêa”, atende a uma clientela de vários níveis sociais, sendo do Distrito de Cangas (Poconé) e comunidades vizinhas. Os alunos de outras comunidades que aqui estudam vêm de ônibus da Prefeitura Municipal de Poconé em convênio com a Secretaria Estadual de Educação, chegam a percorrer até 80 Kms para terem acesso à escola e alguns dos alunos ficam no internato “Ascención Dorado Tébar”, e muitos deles fazem o trajeto de bicicleta, sendo que esses trajetos chegam a mais de 10 Km.
A idade dos alunos é bastante diversificada, apresentando assim a defasagem Idade/Série, sendo realizados a progressão com alunos que apresenta bom desempenho.
As famílias que formam a comunidade onde a escola está inserida, em sua maioria não possuem salário fixo, trabalham em diversas funções como: agricultura, pecuária, garimpo, comércio, etc. Muitas Famílias não possuem moradias adequadas para uma boa higiene.
Na escola há alguns casos de evasão, os motivos que mais contribuem são: Desemprego; Falta de estrutura familiar; Falta de incentivo e acompanhamento dos pais; A escola trabalha com vários projetos e materiais variados para um melhor incentivo dos alunos; Cultura Viva envolvendo danças ( Siriri, Cururu, São Gonçalo e outros); Música; Teatro; Meio Ambiente Vivo; Farmácia Viva; Horta Escolar; Despertar para a Leitura; Adote um aluno; Minha Segunda Casa e Projeto Lixo:Problema ou Solução.
Diante da análise, da Escola Estadual D. Francisco de Aquino Correa, pode se observar, os projetos da música e do teatro, estes envolvem e estimulam a prática da Escrita, refletir-se sobre as informações diariamente tornou-se tarefa das mais complexas, de modo que cada vez mais os educadores precisam ser desafiados a compará-las e a buscá-las em diferentes fontes, formar estudantes críticos e conscientes dos seus direitos e deveres, faz parte dos grandes desafios da educação e o contato com jornais e revistas possibilitam aos educandos uma leitura mais ampla do mundo em que vivemos.Trazer para a sala de aula notícias, reportagens, depoimentos, com enfoques e pontos de vista diferentes sobre um assunto pode contribuir para estimular o gosto pela leitura e desenvolver as habilidades de comparar, selecionar, analisar, sintetizar e argumentar, a fim de ampliar o olhar e a criticidade.
Acreditamos que o papel da escola deveria ser o de formar leitores para vida inteira. O livro deveria ser o instrumento por excelência na vida das pessoas. E a escola que começa o estímulo e a criação de hábitos para a leitura. Em sociedade letradas a constituição do leitor depende crucialmente da biblioteca e da escola, e do ambiente que o sujeito leitor é exposto aos livros. São lugares sociais que costumamos valorizar, em função das possibilidades que a escolarização e a leitura abrem para o exercício da cidadania.
Um dos aspectos mais importante no trabalho pedagógico é saber construir um plano e organizar as atividades que serão desenvolvidas. Para isso, deve-se considerar a realidade dos alunos (experiências, conhecimentos acumulados, estágio cognitivo), a realidade escolar, condições de trabalho, números de alunos na sala, recursos materiais disponíveis, formação continuada, a realidade familiar estimulo, envolvimento.
Mais do que métodos e técnicas de motivação para ler, são necessários providências que se relacionem à história do aluno na sociedade , principalmente em sua família. Não se pode separar a prática da leitura da vida em família e na comunidade. Não é uma questão a ser revolvida apenas na escola e pela escola.
Enquanto lemos, vivemos uma experiência transformadora. Nossa mente tem várias funções, entre elas a memória, a atenção, a sensibilidade, e os diferentes tipos de raciocínio. Afinal, com o processo mental operando ao ler, a pessoa transforma seu modo de ser e de ver o mundo e de interagir com ele. Embora a escola incentive e deseje a leitura, dificilmente forma leitor, se não tiver o apoio dos pais. Isto porque, as relações sociais, na família, são espontâneas, envoltas em emoções partilhadas e valores afirmados e/ ou vivenciados por todos. Pais, avós, irmãos têm histórias de vida em conjunto e influem fortemente sobre os filhos, desde sua mais tenra idade, principalmente por suas atitudes, gestos e práticas em diferentes circunstâncias. Na escola há um currículo a ser cumprido, uma hierarquia, há direitos e deveres, e a escola não consegue, de forma alguma, substituir a família na formação de valores; pode colaborar com ela. Ela propõe, sugere, procura o apoio dos pais, mas é dos avós e parentes próximos que vem a grande energia, a colocação de limites, a valorização do esforço, em favor do futuro de seus descendentes.
Antes de tudo, deve ficar claro que a aprendizagem é um processo, não pode nunca se reduzir a uma questão de “tudo ou nada”, (Coll Salvador 1994: p. 149) Isto é, a aprendizagem tais como “este aluno aprendeu, mas aquele não.” Se aprender é um processo , então o caminho em direção ao universo cientifico é longo, demorado e cheio de obstáculos. Aliás, basta pensar em quanto tempo demoramos, cada um de nós, para aprender a ser cientistas e professores pesquisadores.Que são elementos fundamentais, para compreensão das relações entre trabalho, cidadania e aprendizagem. Dominar não só a leitura e a escrita, mas também as outras linguagens utilizadas pelo homem, por que não analisar dados e situações, compreender o contexto e agir sobre ele, ser receptor crítico e ativo dos meios de comunicação localizar a informação e utiliza-la criativamente se tornam sobres estratégico para a vida cidadã no contexto democrático.
Se nós educadores refletirmos sobre nossa prática, analisarmos nossos avanços e fizermos o balanço sobre as aprendizagens, significativas ou não, que oportunizarmos, teremos condições de revolucionar a educação e a própria sociedade.
São muitas as teorias e idéias de grandes pensadores para a educação. Mas só com a capacidade de refletir sobre nossas práticas pedagógicas e redimensiona-las será possível fazer germinar uma escola mais atraente, com objetivos voltados para a formação de um cidadão crítico e participativo, apostando na evolução do ser sujeito. Refletir sobre nossas aulas é um desafio, pois refletir é tomar posição, é avaliar, é avançar, é repensar as ações; é desejar fazer melhor.Desenvolver a capacidade leitora dos alunos. Por isso, todos os textos devem ser seguidos de atividades que auxiliam na construção de conhecimentos, habilidades e procedimentos relativos à leitura que não estejam automaticamente atreladas a exercícios sobre leitura. Criar situações em que eles possam simplesmente ter uma experiência positiva, de apreciação estética, é fundamental para que desenvolvam o gosto pela leitura. Aprender a ler a palavra escrita deve ser o ato da continuidade da leitura que aprendemos a fazer da vida, deve ser o ato de adentrar nos textos, criar uma disciplina intelectual que viabilize um saber vivo, fixado de forma a levar o individuo a ter a capacidade de interagir com o mundo de forma criativa, consciente e acima de tudo como sujeito capaz de reescrever o mundo, quer dizer, transforma-lo através de uma prática consciente. (Freire 1996: 42).
O educador que quer obter êxito no processo educativo precisa perceber que não estamos sós no mundo. Cada um de nós é ser no mundo, capaz de pensar, aprender, ensinar, criar e a fazer leituras da vida e do mundo. Por isso mesmo somos capazes de decodificar as letras, de ler fonemas, ler palavras, ler frases, ler histórias, ler livros inteiros e seguir fazendo perguntas necessárias para a vida e a construção da vida em sociedade.
Por isso aprender a ler o mundo e a palavra escrita é uma prática fundamental e essencial para mudar as pessoas e para as pessoas mudarem o mundo. A leitura tem um papel central no processo de libertação dos que vivem oprimidos, dos que vivem alienados, dos que vivem excluídos. A leitura crítica do mundo e da palavra escrita é fundamental para impedir a destruição da Nação, na valorização da cultura nacional, enquanto raiz e identidade do povo brasileiro.
Não se cria uma sociedade nova da noite para o dia, assim como não se cria uma nova sociedade sem eleitores críticos, sem escolas críticas. Sem isso faltará sempre lucidez, consciência e capacidade para enfrentar a dominação, social e cultural.Trabalhar a leitura em sala de aula ajuda o leitor a desenvolver bons padrões lingüísticos, como a pronuncia certa das palavras, a boa articulação, o timbre de voz e a entonação adequados, a pausa, a pontuação, entre outros. Além, é claro, de ser trabalhar habilidades como a de ouvir e se fazer ouvir.
Referências Bibliográficas
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais Brasília: MEC,1997
COLL SALVADOR. C. Aprendizagem escolar e construção do conhecimento. Porto Alegre, Artes Médicos. 1994.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. São Paulo. 1996.
________. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. Paulo Freire- 46, ed. – São Paulo, Cortez, 2005.
REVISTA MUNDO JOVEM. Um jornal de idéias maio/2004- (91).
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Leitura Infantil. Despertar o prazer pela leitura
Leitura Infantil. Despertar pela leitura
Este artigo é o resultado de um trabalho desenvolvido com a minha turma do 3º Ano do 1º Ciclo, na Escola D.Francisco de Aquino Corrêa.
Onde foi constatado a dificuldade que as crianças encontram para realizar leitura de forma prazeroza. Considerando que a leitura infantil tem o papel importantissimo na vida da criança, pois oferece oportunidades de viver o imaginário e favorece a visão original da realidade dela.
O objetivo geral da pesquisa foi o de utilizar a leitura infantil para despertar na criança o hábito da leitura. Os objetivos específicos foram: pesquisar formas diferenciadas para contar histórias, visando despertar o prazer dos alunos pela leitura, proporciaonar meios atrativos para contar histórias, através de fantoches e dranmatização, incentivando o gosto pela leiura. Como metodoliogia de pesquisa foi utilizado o método cientifico dialético e o hipotilico-detutivo.
Palavras chaves: Leitura infantil, desenvolvimento, criatividade, criança lúdico.
A escolha do tema "Despertar o prazer pela leitura", aconteceu após constatação da dificuldade que as crianças enfrentam para realização da leitura, pois ao ser observado a minha turma para posteriormente poder aplicar um projeto de cunho aplicativo.
Acredito que a leitura infantil é um recurso imporantíssimo para o desenvolvimento das crianças porque, estimula a criatividade, a imaginação, leitura e oralidade, podendo ser trabalhada em qualquer época da vida da criança.
segundo Abramovick (19994, pg 16.17) o primeiro contato da criança com um texto é feito oralmente através da voz da mãe, do pai, dos avós, contando contos de fadas, trechos da Bíblia, histórias inventadas, livros curtinhos, poemas sonoros e outros mais, é importante para a formação de qualquer criança, ouvir muitas história, é o inicio da aprendizagem para ser um leitor, e ser leitor é ter um caminho absolutamente infinito de descoberta e de compreensão do mundo.
Professora Sônia
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